Hiperidrose: oriente sobre tratamentos para produção excessiva de suor

Apesar de benigna, doença pode causar uma série de constrangimentos sociais

Quando esforços físicos são realizados ou em condições de estresse e calor excessivo, o suor é normal, já que é uma resposta do organismo na tentativa de manter a temperatura do corpo equilibrada; porém, 2% da população mundial produz uma quantidade excessiva de suor em áreas concentradas mesmo em repouso, caracterizando a hiperidrose. “Na hiperidrose, as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes, ou seja, trabalham além do necessário”, explica a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)Dra. Paola Pomerantzeff.

A hiperidrose é benigna, não trazendo males à saúde, mas pode causar uma série de constrangimentos sociais, tornando um simples ato, como o apertar de mãos, em uma situação desagradável. “A maioria das pessoas que sofrem com hiperidrose são saudáveis, sem patologias associadas, bastando então apenas que o sistema nervoso envie estímulos em excesso às glândulas sudoríparas”, esclarece a Dra. Paola.

Em casos mais graves, quando a doença incomoda a ponto de interferir na qualidade de vida do paciente, pode-se recorrer a aplicação de toxina botulínica, que bloqueia perifericamente a secreção das glândulas sudoríparas na região em que é aplicada. “Essa aplicação pode ser realizada em áreas onde a concentração de suor é muito grande, como a testa, o couro cabeludo, as axilas, mãos e pés. Sua duração varia de oito a dez meses”, destaca a Dra. Paola Pomerantzeff. “Outra alternativa é a simpatectomia, cirurgia torácica em que a inervação simpática é interrompida. Porém, essa cirurgia é cada vez menos realizada pois apresenta risco de complicações, como o risco de hiperidrose compensatória, onde outro local passa a apresentar hiperidrose após a cirurgia. Por exemplo, se a hiperidrose era axilar, ela passa a ocorrer nas mãos ou no abdômen após a cirurgia”, alerta.

Fonte: Guia da Farmácia