Vendas de medicamento isento de prescrição perdem força

O mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) começou a apresentar sinais de desaceleração este ano. Com a taxa de desemprego ainda elevada impactando a renda das famílias, os laboratórios terão que se desdobrar para não perder vendas ao longo de 2017.

“O segmento está crescendo menos do que o imaginado, mas não vemos uma forte retração. Em unidades, o mercado de isentos de prescrição deve avançar cerca de 4% neste ano, depois de crescer 12% no ano passado”, projetou o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

Mussolini atribui a desaceleração do segmento ao cenário político e econômico do Brasil, cuja expectativa era de uma reversão da tendência negativa para estabilidade ou crescimento antes do novo escândalo envolvendo o governo Temer.

Entre janeiro e abril deste ano, as vendas de MIP avançaram 10,24%, para R$ 3,09 bilhões – já considerando descontos. No período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,10%.

“O mercado passa por um momento em que precisamos levar soluções inovadoras. Precisamos estar atentos às suas necessidades, hábitos e comportamentos para entendermos o que mais podemos oferecer”, afirmou a diretora de marketing de consumer healthcare da Takeda, Bruna Fausto.

Segundo Lucas Frias do grupo CIMED, os brasileiros continuarão dispostos a trocar medicamentos por marcas mais acessíveis quando a economia local voltar a crescer, característica que deve se tornar um padrão de consumo.

Fonte: DCI

Autor: Jéssica Kruckenfellner

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